Segundo DSM-5, os transtornos alimentares são caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação, que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos que compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial. São determinados por diversos fatores individuais, familiares e sócio-culturais. Dentre os fatores de risco, podemos destacar o culto à magreza imposto pelas mídias em contraste com as propagandas que incentivam o consumo de alimentos super calóricos. Nesse cenário, o desenvolvimento do transtorno alimentar emerge caracterizado pela preocupação exagerada com o peso e a forma corporal. A perda de peso é induzida por métodos inadequados como exercício físico intenso, uso de anabolizantes e alimentação inadequada/ jejum.
Estudo avaliando alterações nas funções cognitivas em tarefas que avaliam memória e aprendizagem verbal, memória e aprendizagem visual, velocidade de processamento da informação, habilidade visuoespacial, memória de trabalho, funções executivas, fluência verbal, atenção e função motora, aponta que pacientes com transtornos alimentares têm significativa pontuação baixa em comparação a pessoas sem nenhum transtorno mental (A prática da tcc nos transtornos alimentares e de obesidade. 2016. Sinopsys)
O tratamento de um transtorno alimentar deve ser realizado por equipe multidisciplinar, onde o Psicólogo trabalha em conjunto com nutricionistas, médicos clínicos e psiquiatras.
Na terapia cognitivo-comportamental o Psicólogo ensina o paciente a identificar e avaliar pensamentos que podem conter alguma distorção; planeja e discute com o paciente estratégias para o tratamento; treina habilidades necessárias para tratar o transtorno e o prepara para que futuramente tenha condições de sozinho, agir como se fosse seu próprio terapeuta.
A Terapia Cognitivo-Comportamental tem sido indicada como um modelo de tratamento eficaz para a melhora dos quadros clínicos. A intervenção psicológica deve ser associada a intervenções nutricionais, físicas e médicas.
Procure um profissional qualificado para tratamento. Faça terapia.
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